12 de nov. de 2007

Aulas ministradas a partir de uma nova postura...

A partir do comentário da professora Nádie, farei alguns registros com exemplos de aulas ministradas por mim, através das novas posturas que as interdisciplinas vêm proporcionando-me ao longo do curso...
...Em relação ao ensino da arte, minhas aulas passaram a valorizar a apreciação e a contextualização histórica, antes não valorizada. Deixei de lado a idéia da necessidade extrema de confecção ou criação de algo para tornar válida a prática em artes. Passei a dar o devido valor a cultura visual, a apreciar e dar oportunidade aos alunos a exercitarem esta prática. Hoje, as aulas referentes ao ensino da arte são bem mais pensadas e elaboradas, procurando contemplá-las, integralmente.
Agora as aulas contam com estudos sobre a obra, nome do autor, descrições, interpretação, contextualização, apreciação, releitura, e criação de trabalhos.
Por exemplo, esta aula a seguir descrita, dá idéia do que venho relatando:
Embora o currículo escolar não contemple a arte das diferentes culturas, indígena, africana e popular, o professor tem a autonomia para trabalhá-las em nossa sala de aula, pois os conhecimentos mediados com nossos alunos dependem do que estamos propondo, o porquê, como, para quem e para quê estamos oferecendo-o. Foi a partir desta lógica que achei interessante trabalhar com as três imagens da temática 4- Cultura Visual.Os alunos foram divididos em grupos de quatro componentes, recebendo todas as três imagens, onde discutiram sobre elas, o que cada uma representava, descreveram-nas oralmente para o grande grupo oralmente, por se tratar de alunos com faixa etária entre seis e 7anos, não dominam a escrita. Logo após levantarmos muitos questionamentos sobre as mesmas, fizemos uma visita até a biblioteca, onde cada aluno teve acesso a livros que compõe as mais diversas obras e seus respectivos artistas, fez a escolha de uma obra específica, onde em círculo apresentou-a a seus colegas, descrevendo-a, interpretando-a com trocas de idéias entre eles, e logo, li e identifiquei para eles o artista, o nome da obra e suas descrições. Para finalizar a atividade do dia, cada aluno escolheu um tema e representaram-o com uma “pintura em tela” (folha de ofício), com materiais de livre escolha, tinta, giz de cera, lápis de cor, colagens, recortes, etc. Os trabalhos ficaram lindos! Basta agora, dar seqüência nesta atividade, para explorarmos cada vez mais os conhecimentos de artes na escola. Eu espero que esta aula tenha de fato contemplada a cultura visual, pois os objetos das obras foram analisados em comparação, articulando o trabalho com semelhanças e diferenças. Atingiu a proposta triangular, através da apreciação, do conhecimento da arte, da contextualização histórica e da criação, além do trabalho com o multiculturalismo através da diversidade das obras exploradas nesta atividade.Espero ter atingido os objetivos desta temática da mesma forma que procuro ter acrescentado a todos os envolvidos em minha sala de aula. Esta foi apenas uma atividade aplicada com os alunos, embora saibamos que há inúmeras possibilidades de trabalhar a arte como conhecimento, com uma postura condizente com que a arte merece no contexto escolar.

8 de nov. de 2007

Música!!!!!!

Esta semana fui surpreendida com o Bloco9 da interdisciplina de música, com o texto “Por que ouvimos tanta porcaria?”.
Às vezes tenho a sensação de que minha visão crítica frente ao mundo que nos cerca esteve um tanto adormecida ao longo dos tempos.
Lamento muito ter ficado alguns anos sem contato direto com os estudos, pois tenho a impressão, ou melhor, a certeza de ter “perdido” muito em relação a conhecimento.
Bom, através desta riquíssima leitura, retirada de um artigo da revista Aplauso, passei a perceber o quanto nos tornamos “imbecis” frente a muitas questões, pois não exercitamos nossa criticidade, curiosidade de investigar o que há por traz daquilo que lemos, vimos, ouvimos, etc.
Até então não havia percebido como o sistema da indústria fonográfica foi montada, e o pior, qual a sua real intenção.
É muito importante tomarmos consciência de fato destas questões, e principalmente permitir que outras pessoas fiquem a par, pois não só a mídia tem lugar privilegiado na vida das pessoas, nós professores também temos. A escola é um ótimo meio para que esta consciência seja construída.
Mesmo que parece ser desleal tal privilégio, compete a nós propiciarmos estas reflexões. É neste sentido que penso que eu já deveria ter esta consciência e tais conhecimentos, é angustiante perceber que muitas coisas passam despercebidas em minha vida, assim como de outras pessoas.
A indústria fonográfica merece um adjetivo, se assim possamos dizer, mais coerente com o papel que exerce, com direito a uma sutil rima: Indústria fonográfica, auditivamente pornográfica.
Que horror!!!!!!!!!!