Mais algumas noites sem dormir, refletindo sobre a prática de estágio que bate a minha porta... e eu a abro; são inúmeras as “coceiras nas idéias”, como diz Rubem Alves.
Neste período de observação da turma de 2º ano da Escola Fernando Ferrari, na qual a partir do dia 12 de abril estarei atuando, não paro de pensar nas rupturas que estou disposta a efetivar. Participei nesta semana, mais precisamente, no dia 06 de abril da Reunião Pedagógica na escola para a reformulação dos Planos de Estudos por ano/série, aumentando ainda mais minhas angústias.
Em constante reflexão, fazendo uma reavaliação das contribuições do Curso de Pedagogia, bem como, das aprendizagens que construí, percebo a pertinência de mudar o paradigma da educação, no sentido de que não somos detentores do saber, mas sim, que ao invés de saber ensinar precisamos com urgência sabermos aprender, e ainda, conhecer como nossos alunos aprendem. Outra reflexão que faço, é quanto às exigências dos programas curriculares impostos pela instituição de ensino, que muitas vezes, nada tem a ver com o interesse e a realidade dos alunos, por isso, em nada instigam o desejo de aprender.
Sei o quanto é difícil romper estas barreiras, mas se cheguei até aqui é para desafiar e desafiar-me com o novo, pois tenho plena convicção de que provocar mudanças é algo trabalhoso, às vezes, tarefa árdua, mas não me doou por vencida se ao menos não tentar... nestas tentativas e ensaios estarão com certeza o desafio de trabalhar com PA’s e com as tecnologias da informação com a turma de 2º ano.
Este é meu desabafo da semana!!!!!!
2 comentários:
Oi Lu,
O grande problema das nossas escolas é a estrutura fechada dos conteúdos na qual o saber se apresenta organizado, hierarquizado, compartimentado. Engessado assim não abre espaço para a curiosidade e o interesse do aluno. E o PA certamente vai conflituar com isso... pois vai mostrar novos modos de ensinar e de aprender, de conceber o conhecimento.
Continue registrando aqui o percurso do teu trabalho, as tuas descobertas, aprendizagens, conflitos.
Beijos, Rô Leffa
Olá Rô,
De fato a estrutura fechada dos conteúdos é uma barreira a ser derrubada, mas para tal, há muito ainda o que avançar, principalmente, em termos de formação docente, pois o principal desafio está em convencer o corpo docente de que a mudança é possível e proveitosa. Não se trata do novo nos dar medo, mas do novo nos dar trabalho...é assim que percebo no âmbito escolar.
Mas vamos lá!
Um abraço!
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