A observação é um exercício muito eficaz para diagnosticarmos o ponto de partida dos alunos, o que necessitam, como constroem, enfim, a observação nos situa e nos orienta para que possamos instigá-los transformando a zona real do conhecimento em zona proximal do conhecimento, como apontam as teorias de Vygotisky.
Um olhar direcionado é pautado no planejamento prévio do que se quer diagnosticar, para quê e como avançar, para que possamos avaliar e se auto-avaliar coerentemente.
Contudo, para mim está muito clara a pertinência da observação na prática pedagógica, pois o olhar sensível, flexível e reflexivo subsidia uma prática pedagógica mais harmônica.
“Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas sim, fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na cumplicidade pedagógica (FREIRE, Madalena, p.3, 1996)”.
Em síntese, o texto de Madalena Freire é oportuno para nossa formação docente, nos aponta um excepcional aporte para prática pedagógica que estamos realizando.
Referência Bibliográfica:
FREIRE, Madalena. Educando o olhar da observação – Aprendizagem do olhar. Texto retirado do livro: Observação, registro e reflexão. Instrumentos Metodológicos I. 2ª ED. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1996.
2 comentários:
Oi Lu,
O que destacas da tua observação atenta aos alunos com relação à aprendizagem? Como avalias/compreendes/analisas esse processo ao longo do estágio? Que movimentos de aprendizagem e dificuldades tens percebido nos teus alunos? Que medidas são tomadas quando as dificuldades aparecem?
Novamente senti falta da articulação entre teoria e prática.
Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa
Olá Rô,
Quanto a minha observação atenta com relação as aprendizagens dos alunos refiro-me que durante a prática pedagógica faz-se pertinente estar atenta as suas hipóteses para que possamos intervir de forma adequada, e que ao observamos e ouvirmos estes alunos conseguimos compreender as construções até o momento, ou seja, durante o processo de alfabetização que meus alunos estão, mais do que nunca, a observação, o olhar são as práticas que considero mais favoráveis para que eu compreenda as construções que ocorrem. Ao longo do estágio, percebo com muita clareza o desenvolvimento de cada aluno, pois todos estão se apropriando e construindo a leitura e a escrita de modo muito singular, com ritmos bem diferentes...e falar de aprendizagens e dificuldades dos alunos é algo bastante amplo, e este espaço não é o mais adequado para tal, mas enfim, frente as dificuldades a que me refiro, como por exemplo, alunos com graves comprometimentos da fala tem sido alvo de minha preocupação, pois me faz perceber o quanto um professor pode sentir-se impotente, pois muito pouco contribui para a superação destes problemas, visto que precisamos de um trabalho cooperativo com outras esferas (fono). As dificuldades que alguns apresentam durante a alfabetização, como manter-se no mesmo nível psicogenético por longo tempo, embora seja propiciado inúmeras situações para a superação deste estágio inicial também faz parte da prática docente... e no que se refere as medidas tomadas, posso garantir que proponho tudo o que está a meu alcance enquanto professora, e nem sempre é suficiente... esta não é apenas minha angústia ,mas de muitos colegas.
Quanto a falta de articulação entre a teoria e a prática, te sugiro visitar meu pbwork de estágio, talvez tu possas visualizar melhor tal apontamento. É que sinceramente, estar refletindo diariamente em espaços variados, não é algo que considero pertinente para que os professores possam observar nossas construções enquanto aluna... este excesso de registros sugeridos nos deixam um tanto angustiadas... mas não há muito o que fazer, é o tal do Ensino à distância, que muito se perde em termos de percepções do que de fato somos capazes... Rô, procurarei nas próximas postagens evidenciar melhor a teoria e a prática, embora tenha plena convicção de que o portfólio está longe de refletir nossas construções!!!
Somente agora no final do semestre recebo uma intervenção e talvez muitas, o que dificulta as trocas intencionadas.
Um grande abraço!
Postar um comentário