A partir do comentário da professora Nádie, farei alguns registros com exemplos de aulas ministradas por mim, através das novas posturas que as interdisciplinas vêm proporcionando-me ao longo do curso...
...Em relação ao ensino da arte, minhas aulas passaram a valorizar a apreciação e a contextualização histórica, antes não valorizada. Deixei de lado a idéia da necessidade extrema de confecção ou criação de algo para tornar válida a prática em artes. Passei a dar o devido valor a cultura visual, a apreciar e dar oportunidade aos alunos a exercitarem esta prática. Hoje, as aulas referentes ao ensino da arte são bem mais pensadas e elaboradas, procurando contemplá-las, integralmente.
Agora as aulas contam com estudos sobre a obra, nome do autor, descrições, interpretação, contextualização, apreciação, releitura, e criação de trabalhos.
Por exemplo, esta aula a seguir descrita, dá idéia do que venho relatando:
Embora o currículo escolar não contemple a arte das diferentes culturas, indígena, africana e popular, o professor tem a autonomia para trabalhá-las em nossa sala de aula, pois os conhecimentos mediados com nossos alunos dependem do que estamos propondo, o porquê, como, para quem e para quê estamos oferecendo-o. Foi a partir desta lógica que achei interessante trabalhar com as três imagens da temática 4- Cultura Visual.Os alunos foram divididos em grupos de quatro componentes, recebendo todas as três imagens, onde discutiram sobre elas, o que cada uma representava, descreveram-nas oralmente para o grande grupo oralmente, por se tratar de alunos com faixa etária entre seis e 7anos, não dominam a escrita. Logo após levantarmos muitos questionamentos sobre as mesmas, fizemos uma visita até a biblioteca, onde cada aluno teve acesso a livros que compõe as mais diversas obras e seus respectivos artistas, fez a escolha de uma obra específica, onde em círculo apresentou-a a seus colegas, descrevendo-a, interpretando-a com trocas de idéias entre eles, e logo, li e identifiquei para eles o artista, o nome da obra e suas descrições. Para finalizar a atividade do dia, cada aluno escolheu um tema e representaram-o com uma “pintura em tela” (folha de ofício), com materiais de livre escolha, tinta, giz de cera, lápis de cor, colagens, recortes, etc. Os trabalhos ficaram lindos! Basta agora, dar seqüência nesta atividade, para explorarmos cada vez mais os conhecimentos de artes na escola. Eu espero que esta aula tenha de fato contemplada a cultura visual, pois os objetos das obras foram analisados em comparação, articulando o trabalho com semelhanças e diferenças. Atingiu a proposta triangular, através da apreciação, do conhecimento da arte, da contextualização histórica e da criação, além do trabalho com o multiculturalismo através da diversidade das obras exploradas nesta atividade.Espero ter atingido os objetivos desta temática da mesma forma que procuro ter acrescentado a todos os envolvidos em minha sala de aula. Esta foi apenas uma atividade aplicada com os alunos, embora saibamos que há inúmeras possibilidades de trabalhar a arte como conhecimento, com uma postura condizente com que a arte merece no contexto escolar.
12 de nov. de 2007
8 de nov. de 2007
Música!!!!!!
Esta semana fui surpreendida com o Bloco9 da interdisciplina de música, com o texto “Por que ouvimos tanta porcaria?”.
Às vezes tenho a sensação de que minha visão crítica frente ao mundo que nos cerca esteve um tanto adormecida ao longo dos tempos.
Lamento muito ter ficado alguns anos sem contato direto com os estudos, pois tenho a impressão, ou melhor, a certeza de ter “perdido” muito em relação a conhecimento.
Bom, através desta riquíssima leitura, retirada de um artigo da revista Aplauso, passei a perceber o quanto nos tornamos “imbecis” frente a muitas questões, pois não exercitamos nossa criticidade, curiosidade de investigar o que há por traz daquilo que lemos, vimos, ouvimos, etc.
Até então não havia percebido como o sistema da indústria fonográfica foi montada, e o pior, qual a sua real intenção.
É muito importante tomarmos consciência de fato destas questões, e principalmente permitir que outras pessoas fiquem a par, pois não só a mídia tem lugar privilegiado na vida das pessoas, nós professores também temos. A escola é um ótimo meio para que esta consciência seja construída.
Mesmo que parece ser desleal tal privilégio, compete a nós propiciarmos estas reflexões. É neste sentido que penso que eu já deveria ter esta consciência e tais conhecimentos, é angustiante perceber que muitas coisas passam despercebidas em minha vida, assim como de outras pessoas.
A indústria fonográfica merece um adjetivo, se assim possamos dizer, mais coerente com o papel que exerce, com direito a uma sutil rima: Indústria fonográfica, auditivamente pornográfica.
Que horror!!!!!!!!!!
Às vezes tenho a sensação de que minha visão crítica frente ao mundo que nos cerca esteve um tanto adormecida ao longo dos tempos.
Lamento muito ter ficado alguns anos sem contato direto com os estudos, pois tenho a impressão, ou melhor, a certeza de ter “perdido” muito em relação a conhecimento.
Bom, através desta riquíssima leitura, retirada de um artigo da revista Aplauso, passei a perceber o quanto nos tornamos “imbecis” frente a muitas questões, pois não exercitamos nossa criticidade, curiosidade de investigar o que há por traz daquilo que lemos, vimos, ouvimos, etc.
Até então não havia percebido como o sistema da indústria fonográfica foi montada, e o pior, qual a sua real intenção.
É muito importante tomarmos consciência de fato destas questões, e principalmente permitir que outras pessoas fiquem a par, pois não só a mídia tem lugar privilegiado na vida das pessoas, nós professores também temos. A escola é um ótimo meio para que esta consciência seja construída.
Mesmo que parece ser desleal tal privilégio, compete a nós propiciarmos estas reflexões. É neste sentido que penso que eu já deveria ter esta consciência e tais conhecimentos, é angustiante perceber que muitas coisas passam despercebidas em minha vida, assim como de outras pessoas.
A indústria fonográfica merece um adjetivo, se assim possamos dizer, mais coerente com o papel que exerce, com direito a uma sutil rima: Indústria fonográfica, auditivamente pornográfica.
Que horror!!!!!!!!!!
30 de out. de 2007
As interdisciplinas
Teatro, assim como a interdisciplina de Arte, Música, Ludicidade e Literatura estão trazendo uma nova visão para nossas práticas pedagógicas em sala de aula.
Ficam as maiores evidências aqui registradas: a nova concepção de teatro, as condições básicas da teatralidade e sua potencialidade, a improvisação, os jogos dramáticos, a expressividade, o movimento corporal, a intencionalidade e os elementos fundamentais, texto, ator, público ou platéia, além de toda sua trajetória no âmbito escolar.
A evidência do conceito de música nos permite afirmar como sonoridade e tons, antes não percebidos... o brincar com toda sua relevância e ainda como apropriar-se de habilidades condizentes à uma bela contação de histórias.
Estas reflexões trazem em síntese marcas que venho adquirindo nesta breve caminhada com tais interdisciplinas...onde os alunos já demonstram maior entusiasmo nas aulas em função desta nova direção assumida através dos conhecimentos que estamos sendo contemplados.
Ficam as maiores evidências aqui registradas: a nova concepção de teatro, as condições básicas da teatralidade e sua potencialidade, a improvisação, os jogos dramáticos, a expressividade, o movimento corporal, a intencionalidade e os elementos fundamentais, texto, ator, público ou platéia, além de toda sua trajetória no âmbito escolar.
A evidência do conceito de música nos permite afirmar como sonoridade e tons, antes não percebidos... o brincar com toda sua relevância e ainda como apropriar-se de habilidades condizentes à uma bela contação de histórias.
Estas reflexões trazem em síntese marcas que venho adquirindo nesta breve caminhada com tais interdisciplinas...onde os alunos já demonstram maior entusiasmo nas aulas em função desta nova direção assumida através dos conhecimentos que estamos sendo contemplados.
25 de out. de 2007
Ludicidade e suas aprendizagens significativas...
A interdisciplina de Ludicidade vem trazendo conceitos e teorias muito importantes para o nosso ofício e para a nossa vida.
É necessário conhecermos as diferentes perspectivas que o brincar assume: educativa, competitiva, clínica, etc. diferentemente da perspectiva lúdica.
Precisamos promover mais espaço a ludicidade em nossa sala de aula e também em nossa vida, rompendo barreiras e quebrando tabus.
As interdisciplinas de artes, ludicidade, música, literatura e teatro se mesclam de tal forma que há textos e dissertações que nos causam “confusões”, pois abrangem muitas semelhanças, estando diretamente ligados, em especial, no âmbito educacional.
São algumas reflexões como estas que indagam a registrar tais dissertações.
É necessário conhecermos as diferentes perspectivas que o brincar assume: educativa, competitiva, clínica, etc. diferentemente da perspectiva lúdica.
Precisamos promover mais espaço a ludicidade em nossa sala de aula e também em nossa vida, rompendo barreiras e quebrando tabus.
As interdisciplinas de artes, ludicidade, música, literatura e teatro se mesclam de tal forma que há textos e dissertações que nos causam “confusões”, pois abrangem muitas semelhanças, estando diretamente ligados, em especial, no âmbito educacional.
São algumas reflexões como estas que indagam a registrar tais dissertações.
Evidências
Evidências
A disciplina de artes trouxe-me muitos conhecimentos, transformando minha postura e prática em sala de aula.
Embora nunca tenha sido uma professora a favor de folhas com desenhos mimeografados ou xerocados, não tinha total consciência do que tais práticas representavam.
Uma questão muito importante foi compreender que o ensino da arte não requer produção, requer apreciação, contextualização histórica, conhecimento da história da arte, das obras, enfim. Oportunizou-me a conhecer a trajetória do ensino da arte na educação, a proposta triangular, arte como conhecimento, multiculturalismo.
Está sendo uma interdisciplina muito rica, oportunizando inúmeros conhecimentos que até então não tinha contato, como por exemplo, apreciar, interpretar e descrever uma obra de arte.
Estou adotando uma nova postura em sala de aula em prol desta nova consciência em relação à ARTE.
Fico angustiado quando penso que poucos são os professores com oportunidades de adquirirem estes conhecimentos, ou melhor, esta aquisição depende da busca de cada profissional.
Arte para mim passou a ser cultura, criação, expressão ou seja, vida.
A disciplina de artes trouxe-me muitos conhecimentos, transformando minha postura e prática em sala de aula.
Embora nunca tenha sido uma professora a favor de folhas com desenhos mimeografados ou xerocados, não tinha total consciência do que tais práticas representavam.
Uma questão muito importante foi compreender que o ensino da arte não requer produção, requer apreciação, contextualização histórica, conhecimento da história da arte, das obras, enfim. Oportunizou-me a conhecer a trajetória do ensino da arte na educação, a proposta triangular, arte como conhecimento, multiculturalismo.
Está sendo uma interdisciplina muito rica, oportunizando inúmeros conhecimentos que até então não tinha contato, como por exemplo, apreciar, interpretar e descrever uma obra de arte.
Estou adotando uma nova postura em sala de aula em prol desta nova consciência em relação à ARTE.
Fico angustiado quando penso que poucos são os professores com oportunidades de adquirirem estes conhecimentos, ou melhor, esta aquisição depende da busca de cada profissional.
Arte para mim passou a ser cultura, criação, expressão ou seja, vida.
Onde anda o tempo...
Oh tempo... cadê você!!!
Está sendo o tempo um grande adversário nesta trajetória de estudos, pois mesmo disciplinarmente realizando estudos e leituras diárias, angustio-me por ter a sensação de que não estou “dando conta” de realizar as atividades, e o pior, tenho a sensação de que o tempo talvez mal administrado, ou escasso de fato, em função da inúmera carga horária assumida na escola, em casa e nos demais afazeres e responsabilidades de minha vida, resulta num “empobrecimento” de teorias assimiladas. Ou melhor, dizendo, tenho a impressão de estar perdendo em qualidade na aquisição de teorias e maiores conhecimentos.Porém, numa reflexão mais profunda, percebo que talvez seja uma sensação de angústia momentânea, e que são exatamente o tempo agora usado a favor, através do seu aproveitamento nos estudos é que resulta nos conhecimentos mais significativos, pois o conhecimento é uma construção.
Está sendo o tempo um grande adversário nesta trajetória de estudos, pois mesmo disciplinarmente realizando estudos e leituras diárias, angustio-me por ter a sensação de que não estou “dando conta” de realizar as atividades, e o pior, tenho a sensação de que o tempo talvez mal administrado, ou escasso de fato, em função da inúmera carga horária assumida na escola, em casa e nos demais afazeres e responsabilidades de minha vida, resulta num “empobrecimento” de teorias assimiladas. Ou melhor, dizendo, tenho a impressão de estar perdendo em qualidade na aquisição de teorias e maiores conhecimentos.Porém, numa reflexão mais profunda, percebo que talvez seja uma sensação de angústia momentânea, e que são exatamente o tempo agora usado a favor, através do seu aproveitamento nos estudos é que resulta nos conhecimentos mais significativos, pois o conhecimento é uma construção.
9 de out. de 2007
Ética como prática diária
Este fim de semana trouxe-me questões que merecem nossa atenção. Desde o início do curso, nunca me habituei a visitar o webfólio dos colegas por ser uma prática que requer tempo, mas casualmente, acabei abrindo a postagem de uma colega, e para minha surpresa, lá estava a cópia de parte do meu trabalho.
Num primeiro momento fiquei muito irritada, pois refleti sobre o tempo que eu havia levado para chegar até a elaboração daquele trabalho, que para muitos pode parecer insignificante, mas para mim foi árduo, pois Artes Visuais é uma interdisciplina que exige um contato com as obras e sua história, no entanto, uma prática nada desenvolvida por mim. Então, vem uma colega, que em segundos, seleciona, copia e cola em míseros segundos, e está tudo certo.
Depois passei a refletir sobre o que leva uma pessoa a cometer tal “delito”, pois de acordo com a postura que sempre adotei em relação a esta prática cópia de trabalhos e de idéias de outros é plágio, é antiético.
E por último, passei a preocupar-me com a possibilidade de ser prejudicada, pelo fato de que não há registro de horário nas postagens, ficando difícil para a professora ou tutores distinguir quem foi o autor e quem praticou a cópia.
É pena que isto aconteça até mesmo num meio acadêmico, pois nós sempre cobramos de nossos alunos ética e postura frente as “colas”, então, será que passaremos a usar um dito popular tão conhecido: ”Façam o que eu digo e não o que eu faço”.
Será? Que pena !! É lastimável!!!!
Num primeiro momento fiquei muito irritada, pois refleti sobre o tempo que eu havia levado para chegar até a elaboração daquele trabalho, que para muitos pode parecer insignificante, mas para mim foi árduo, pois Artes Visuais é uma interdisciplina que exige um contato com as obras e sua história, no entanto, uma prática nada desenvolvida por mim. Então, vem uma colega, que em segundos, seleciona, copia e cola em míseros segundos, e está tudo certo.
Depois passei a refletir sobre o que leva uma pessoa a cometer tal “delito”, pois de acordo com a postura que sempre adotei em relação a esta prática cópia de trabalhos e de idéias de outros é plágio, é antiético.
E por último, passei a preocupar-me com a possibilidade de ser prejudicada, pelo fato de que não há registro de horário nas postagens, ficando difícil para a professora ou tutores distinguir quem foi o autor e quem praticou a cópia.
É pena que isto aconteça até mesmo num meio acadêmico, pois nós sempre cobramos de nossos alunos ética e postura frente as “colas”, então, será que passaremos a usar um dito popular tão conhecido: ”Façam o que eu digo e não o que eu faço”.
Será? Que pena !! É lastimável!!!!
3 de out. de 2007
SEMINÁRO INTEGRADOR III
POSTAGEM DO FILME: "DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA"
Olá professora Nadie e colegas!
Bom, na noite de quarta-feira, 26/09, assisti no pólo ao filme “Doze homens e uma sentença”, onde não consegui interar-me muito bem de toda a síntese do filme em função da legenda ser de cor clara e passar com considerada rapidez, pois tenho certa dificuldade visual.
Então, na noite de terça-feira, 02 de outubro, me reuni com algumas colegas e então assistimos ao filme em casa, pausando sempre que considerava necessário, no entanto achei uma história muito interessante, provocando-nos inúmeras reflexões.
Na perspectiva de construirmos coletivamente os conceitos de evidência e argumentação a partir do filme fez muito sentido, porque os tornou mais claro através dos constantes exemplos tão exercitados nas cenas assistidas. No entanto, passo a conceituar a EVIDÊNCIA como ‘verdade’, situação, fato, ainda não discutido, questionado, e ARGUMENTAÇÃO como uma busca constante de discussões, questionamentos, embasamentos convincentes, enfim.
Especificamente no filme, as evidências eram os levantamentos dos fatos que se tinha, e a argumentação acontecia no filme quando os jurados, em especial o júri nº 8, questionava os fatos, provocando-os a refletir em busca de maiores esclarecimentos e possíveis fatos relacionados ao homicídio.
Um fato que me chamou muita atenção foi que frente ao homicídio, os 11 jurados demonstravam descaso, desinteresse nas averiguações e no aprofundamento dos fatos, e sem mais saber, dão a sentença de CULPADO ao réu, não levando em consideração o ‘peso’ de tal decisão.
Digo ‘peso’ porque se analisada, é uma decisão que envolve uma série de questões, neste caso específico, o fato de haver possibilidades, embora que, aparentemente mínimas, de não ter sido ele o autor do crime, e ainda de estarem decidindo a sentença de morte (cadeira elétrica) a um ser humano, que se provado a culpa, poderia pagar por isto de outra forma, ou mais, que motivos levariam um filho a assassinar um pai, embora penso que nada justifique tirar a vida de um ser humano, mas de certa forma, torna mais compreensível suas atitudes, conduta, enfim, pois há muito que nos questionar, entender, averiguar e discutir antes de tomarmos uma decisão que possa surtir efeito, ou ainda mudar o ruma das ‘coisas’, neste caso, de uma vida.
O júri popular ganha sentido se pensarmos do ponto de vista de que são muitas opiniões, são diversos ângulos sobre uma mesma questão até chegarem a um consenso, porém junto a estes diversos olhares, há também um apanhado de demandas muito pessoais, como sentimentos, afetos, bloqueios, feridas mal resolvidas entre outros, muitas vezes, transferidos inconscientemente em nossa forma de ver e agir, refletindo diretamente em nossas decisões.
Estas são algumas das reflexões a que o filme remeteu-me.
Por enquanto, é isto!
Até breve!!
Olá professora Nadie e colegas!
Bom, na noite de quarta-feira, 26/09, assisti no pólo ao filme “Doze homens e uma sentença”, onde não consegui interar-me muito bem de toda a síntese do filme em função da legenda ser de cor clara e passar com considerada rapidez, pois tenho certa dificuldade visual.
Então, na noite de terça-feira, 02 de outubro, me reuni com algumas colegas e então assistimos ao filme em casa, pausando sempre que considerava necessário, no entanto achei uma história muito interessante, provocando-nos inúmeras reflexões.
Na perspectiva de construirmos coletivamente os conceitos de evidência e argumentação a partir do filme fez muito sentido, porque os tornou mais claro através dos constantes exemplos tão exercitados nas cenas assistidas. No entanto, passo a conceituar a EVIDÊNCIA como ‘verdade’, situação, fato, ainda não discutido, questionado, e ARGUMENTAÇÃO como uma busca constante de discussões, questionamentos, embasamentos convincentes, enfim.
Especificamente no filme, as evidências eram os levantamentos dos fatos que se tinha, e a argumentação acontecia no filme quando os jurados, em especial o júri nº 8, questionava os fatos, provocando-os a refletir em busca de maiores esclarecimentos e possíveis fatos relacionados ao homicídio.
Um fato que me chamou muita atenção foi que frente ao homicídio, os 11 jurados demonstravam descaso, desinteresse nas averiguações e no aprofundamento dos fatos, e sem mais saber, dão a sentença de CULPADO ao réu, não levando em consideração o ‘peso’ de tal decisão.
Digo ‘peso’ porque se analisada, é uma decisão que envolve uma série de questões, neste caso específico, o fato de haver possibilidades, embora que, aparentemente mínimas, de não ter sido ele o autor do crime, e ainda de estarem decidindo a sentença de morte (cadeira elétrica) a um ser humano, que se provado a culpa, poderia pagar por isto de outra forma, ou mais, que motivos levariam um filho a assassinar um pai, embora penso que nada justifique tirar a vida de um ser humano, mas de certa forma, torna mais compreensível suas atitudes, conduta, enfim, pois há muito que nos questionar, entender, averiguar e discutir antes de tomarmos uma decisão que possa surtir efeito, ou ainda mudar o ruma das ‘coisas’, neste caso, de uma vida.
O júri popular ganha sentido se pensarmos do ponto de vista de que são muitas opiniões, são diversos ângulos sobre uma mesma questão até chegarem a um consenso, porém junto a estes diversos olhares, há também um apanhado de demandas muito pessoais, como sentimentos, afetos, bloqueios, feridas mal resolvidas entre outros, muitas vezes, transferidos inconscientemente em nossa forma de ver e agir, refletindo diretamente em nossas decisões.
Estas são algumas das reflexões a que o filme remeteu-me.
Por enquanto, é isto!
Até breve!!
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