2 de dez. de 2009

Contribuições ... Linguagem e Educação



Quero registrar algumas contribuições, ou seja, registrar os conhecimentos mais significativos oriundos dos textos dos Módulos 5,6 e 7 de forma sintetizada. O texto É PRECISO CONJUGAR ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO? (BETOLILA; SOARES, 2007) aponta que a alfabetização e o letramento devem ser processos simultâneos e indissociáveis para que a criança tenha inserção plena no mundo da leitura e escrita, pois ela precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, e também, reconhecer seus usos e funções por meio de vivências de diferentes práticas de leitura e escrita. PSICOGÊNESE DA ESCRITA (LETRA A, 2005) traz a idéia de que a construção da escrita está baseada nos conhecimentos prévios, assimilações e interações com os outros e com os usos da leitura e escrita, são hipóteses espontâneas construídas pelo próprio aprendiz, que vai se alargando no campo do conhecimento lingüístico, perpassando por processos de hipóteses gradualmente.
No Módulo 5, a entrevista de Magda Soares, explícita no texto NADA É MAIS GRATIFICANTE QUE ALFABETIZAR, fica a concepção de que devemos estar centrados em como a criança aprende, e não em como ensinar. É preciso termos métodos de alfabetização, pois um único método não dará conta da demanda deste processo. Traz a distinção de método fônico e consciência fonológica, esta última, bem conceituada no texto CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA DO Módulo6. Este texto reforça que a criança formula hipóteses e progride em nível de conhecimento quando se familiariza com formas de escritas do dia-a-dia e reflete sobre a natureza e funcionamento da língua escrita, onde cabe ao professor chamar a atenção das crianças para os segmentos sonoros da língua oral.
O texto AS DUAS FACES DA ORTOGRAFIA (GURGEL, 2009) traz o trabalho com a ortografia em duas frentes: irregularidades e regularidades. Em suma, no que se refere a linguagem, precisamos alargar nossos conhecimentos para que tenhamos mais qualidade na prática pedagógica e na aprendizagem de nossos alunos.

24 de nov. de 2009

Reflexões interdisciplinares...


Hoje me dediquei a refletir sobre as contribuições das Interdisciplinas do Eixo VII, do curso de Pedagogia a Distância da UFRGS.
Sem consulta a materiais bibliográficos, me proponho a trazer alguns conhecimentos que adquiri nesta caminhada. Para mim, ficou muito presente que nós, enquanto educadores, devemos estar abertos a novos conhecimentos e principalmente, em constante reflexão a cerca do fazer docente. Pensar e repensar os princípios orientadores da nossa prática, conhecer a realidade e o contexto para quem estamos planejando, levando em consideração o interesse e o processo de desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância quando intencionamos alcançar uma educação de qualidade.
A Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação reforçou a necessidade de conhecermos metodologias, estarmos embasados teoricamente, compreendermos como o nosso aluno aprende, concebendo a aprendizagem como um processo de construção, bem como, a Interdisciplina de Linguagem e Educação nos aponta a relevância de focar alfabetização e letramento de forma indissociável.
A Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil me trouxe a definição do público pertencente a esta modalidade de ensino, bem como, a complexidade e especificidade desta. Língua Brasileira de Sinais, interdisciplina do Eixo VII trouxe a meu conhecimento a idéia de cultura, pois as pessoas surdas, embora minoria lingüística os surdos têm estruturada sua história, sua arte, sua língua, comunidade, enfim, é uma cultura completa que contempla uma definição de público da educação.
Enfim, as aprendizagens a partir das Interdisciplinas deste 7º semestre me trouxeram segurança para o desenvolvimento de uma prática pedagógica mais coerente, pois a reflexão constante é a base para estarmos transformando nossas concepções, adequando-nos a realidade do cenário educacional do qual fazemos parte.
Mapear nosso público, identificar as distintas identidades que fazem parte da diversidade da sala de aula é um passo necessário para contribuirmos, no sentido de, propiciar uma educação significativa para todos os envolvidos.
Interdisciplinarmente refletindo, os conhecimentos que adquiri com este curso, podem ser descritos como teias que se completam e se complementam, e faz-se preciso estabelecer conexões para que tais aprendizagens venham a “ganhar corpo”, enriquecendo meu fazer pedagógico, minha concepção de educação e a vali deste ofício.
Talvez não tão interdisciplinar minhas reflexões, mas correspondem as conexões que fiz a partir das teias das minhas aprendizagens.

18 de nov. de 2009

MULTIFACETAS DA INCLUSÃO


As políticas educacionais nos trazem a proposta de inclusão, e nos últimos tempos, a inclusão passou a ser propagadas nas falas, na mídia, nas escolas, na sociedade, enfim.
O que muitas vezes não nos damos por conta é que incluir significa mais que trazer para dentro, e quando falamos numa proposta de inclusão na educação estamos nos referindo a acolher os “excluídos”. E quem são estes excluídos?
As leis tratam de inclusão das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e outros em situação considerada desvantajosa com relação a maioria, abrangendo deficientes físicos e mentais. Conhecendo um pouco da história e contexto atual das pessoas constatei que estas lutam bastante para BANIR a atribuição da surdez à deficiência, pois o que define sua identidade é a sua cultura.
As pessoas surdas devem ter seu espaço no âmbito educacional, não como deficientes, mas como indivíduo de cultura específica e completa.
Nós enquanto educadores temos o dever de abrir as portas das escolas para esta cultura, de forma respeitosa, consciente, enfim, reconhecendo-a como CULTURA.
É nesta proposta que acredito, trabalhar para trazer esta concepção ao público escolar. É nosso dever provocar estas discussões e mudanças!
A escola só “Incluirá” esta cultura, se conhecê-la, se ela estiver aberta a novos conhecimentos, se garantir as condições necessárias ao desenvolvimento da mesma. É neste sentido, que muito temos de avançar, pois estamos atrasados, visto que, nem mesmo as políticas públicas correspondem a demanda do contexto atual.
A questão não é apenas inclusão, mas sim, o respeito, a valorização e o reconhecimento da Cultura surda que tanto lutou e luta para que nós ouvintes saiamos da ignorância que nos constitui.
Respeitar é a demanda, que se fundamenta no CONHECIMENTO e RECONHECIMENTO.

Reflexões a cerca da Identidade e Cultura Surda





Nos últimos meses, a partir das contribuições da Interdisciplina de Língua Brasileira de Sinais venho refletindo sobre a história das pessoas surdas.
A história dos Surdos é marcada por muitas lutas na busca da valorização, do respeito e do reconhecimento da identidade, da arte, da comunidade e cultura surda. Ao conhecer um pouco sobre as políticas educacionais, sociais e legais referentes aos surdos me deparei com muitas problemáticas, entre elas, a errônea concepção a respeito da identidade surda, visto que, muitas políticas tratam da pessoa surda como deficiência, desrespeitando sua diferença.
Neste sentido, percebo o quanto negligenciamos enquanto seres humanos, a falta de conhecimento e clareza sobre as pessoas surdas nos torna indivíduos que pouco ou nada contribuem para a superação de inúmeros pré conceitos que permeiam nossas vidas. Venho pensando sobre os conhecimentos adquiridos com a interdisciplina de Libras e me frustro por compreender que estes não deveriam restringir-se apenas a uma mínima parcela de docentes, pois tratam de esclarecimentos e consciências que deveriam atingir a todos os docentes, e mais, a toda sociedade.
Percebo o quanto alimentamos durante anos concepções errôneas sobre as pessoas surdas. Conhecer um pouco da história dos surdos me fez perceber o quanto somos indivíduos ignorantes e trazemos conosco uma visão clínica distorcida, ou seja, para mim, o surdo correspondia a um indivíduo com deficiência, com falta de audição e fala, e por tais “condições” não teriam uma vida plena.
Em tempo, tive a oportunidade de desestabilizar pré conceitos, transformá-los e conceber que as pessoas surda são diferentes porque têm uma linguagem própria, história, arte e identidade, estamos tratando de uma cultura. Com estas percepções e aprendizagens, vejo que a sociedade, bem como, as políticas voltadas para esta cultura está desconectada e descontextualizada, pois trazem a ignorância acima de tudo.
Conhecer a Cultura Surda abriu meus horizontes, me propiciou ter uma visão diferente, ter um olhar sobre outro ângulo, alimentando o respeito da diferença e o reconhecimento desta Cultura.
Creio que é preciso refletir mais, estas foram algumas “barreiras” superadas, do preconceito, e na ignorância no que se refere as pessoas surdas e sua cultura.
Esta interdisciplina está mexendo com minhas “estruturas”! e é muito prazeroso perceber estas mudanças!

29 de set. de 2009

LETRAMENTO OU ALFABETIZAÇÃO?

Muitas são as discussões entre os teóricos em função dos conceitos de alfabetização e/ou letramento.
O conceito de alfabetização costuma restringir-se ao processo mecânico de codificar e decodificar signos, ler e escrever. Mas Paulo Freire, ao longo de suas obras, sempre o conceito de alfabetização numa perspectiva bem mais ampla, sempre vinculada a emancipação do sujeito, à autonomia, à criticidade, enfim, a alfabetização com relação direta a construção da cidadania.
Muitos teóricos receiam que a concepção de alfabetização nesta perspectiva freireana fique restrita apenas aos meios acadêmicos, e por isso, o conceito de letramento ganha espaço a fim de garantir esta nova roupagem de emancipação do sujeito.
Percebemos a partir de estudos empíricos propostos pela Interdisciplina de linguagem e Educação, do eixo VII, do Curso de Pedagogia à Distância, da UFRGS que o conceito de letramento é algo amplo e deve ser considerado segundo seu contexto.
[...] A palavra ‘letramento’ não está ainda dicionarizada. Pela complexidade e variação dos tipos de estudos que se enquadram nesse domínio, podemos perceber a com­plexidade do conceito. Assim, se um trabalho sobre letra­mento examina a capacidade de refletir sobre a própria linguagem de sujeitos alfabetizados versus sujeitos anal­fabetos (por exemplo, falar de palavras, sílabas e assim sucessivamente), então, segue-se que para esse pesquisa­dor ser letrado significa ter desenvolvido e usar uma ca­pacidade metalinguística em relação à própria lingua­gem. Se, no entanto, um pesquisador investiga como um adulto e uma criança de um grupo social, versus outro grupo social, falam sobre o livro, a fim de caracterizar essas práticas, e, muitas vezes, correlacioná-las com o sucesso da criança na escola, então, segue-se que para esse inves­tigador o letramento significa uma prática discursiva de determinado grupo social, que está relacionada ao papel da escrita para tornar significativa essa interação oral, mas que não envolve, necessariamente, as atividades es­pecíficas de ler ou de escrever (ver Heath, 1982, 1983; v. também Rojo, neste volume). (KLEIMAN, 2006)
Entretanto, a escola é uma importante agência de letramento, que não deveria envolver apenas o letramento escolar ( aquisição de códigos alfabéticos e numéricos...) mas letramento social oriundos de outras agências, família, trabalho, igreja, grupos e tantos outros, entendido como um conjunto de práticas sociais a partir da aquisição da escrita.
Qual o real papel da escola? Alfabetizar ou letrar?
Para mim, fica bem claro que a leitura do mundo antecede a leitura da palavra, e isto deve ser considerado nas práticas escolares, bem como, envolver o letramento desde o início da alfabetização.
Parece confuso, mas não é!

PA’s, UMA PROPOSTA METODOLÓGICA FOCADA NA APRENDIZAGEM

Nos últimos meses me dispus a estudar sobre a metodologia de trabalho com Projetos de Aprendizagem, uma proposta inovadora que nos remete a importantes reflexões.
No entanto, o que considero mais difícil é “abandonar” parte daquilo que havia construído como ideal para as aprendizagens em sala de aula, como por exemplo, selecionar uma grade curricular, planejar aulas expositivas focadas no ensino, transmitir conhecimentos, enfim.
A proposta metodológica com PA’s tem seu foco na aprendizagem, parte do interesse dos alunos, das perguntas que trazem consegue e que pretendem construir respostas para elas. O aluno estabelece seus percursos, suas estratégias e ao professor cabe o papel de mediador, orientando, indagando, desestabilizando, etc.
Não há uma preocupação com o “vencimento” da grade curricular estabelecida para uma série específica, o foco está nas aprendizagens que vão sendo construídas. A avaliação nos PA’s é realizada por todos os envolvidos e o professor perde seu “status” de “julgador” quantitativo de conhecimentos. Também não há preocupação exclusiva com resultados, todo o processo das aprendizagens é considerado e avaliado.
É algo novo e que vale a pena ser experimentado, pois a proposta metodológica com PA’s é pautada na aprendizagem, na liberdade, na autonomia e cooperação para todos os envolvidos, professores e alunos.
Conhecer esta proposta é fundamental para reformularmos nossas concepções!

MODIFICANDO CONCEITOS

A aula presencial da Interdisciplina de língua Brasileira de Sinais, do eixo VII do Curso de Pedagogia à Distância, da UFRGS foi muito proveitosa, pois trouxe discussões muito importantes com relação a conceitos erroneamente circulados na mídia, no meio docente e na sociedade de forma geral no que diz respeito aos surdos.
Sempre tive plena convicção de que todo surdo é mudo, mas a partir das explicações trazidas pela professora Carolina Comerlato Sperb e sua intérprete, passei a entender que o surdo não apenas ouve, mas tem voz, e ela mesma exemplificou em sala de aula, contando que ao ver uma barata, se espanta e grita, a ao gritar nos causou um forte impacto, pois “desmontou” o conceito que tínhamos em relação aos surdos, antes tidos como surdos-mudos, e agora apenas surdos, porque não são ouvintes, mas tem voz.
Também nos permitiu refletir sobre o quão importante é a Língua Brasileira de sinais para eles, é o meio de expressar sua linguagem, de se comunicarem entre eles e com os outros.
Se tivermos presente a proposta de Inclusão, estaremos convictos que a Língua Brasileira de Sinais é algo que devemos nos apropriar para que possamos atender a todos, sem distinção, segundo as especificidades de cada indivíduo que faz parte de nosso contexto, na família, na escola, enfim.
Acredito que esta Interdisciplina é um diferencial em nossa formação docente, no sentido de que está ampliando significativamente muitos conceitos e ressignificando outros.
A cultura surda é algo que precisamos conhecer e trazer para dentro das escolas, só assim, derrubaremos as barreiras entre as culturas de ouvintes e não-ouvintes.
Eis aqui a excelência desta Interdisciplina!

7 de mai. de 2009

EM TEMPOS DE INCLUSÃO

A Educação Especial é algo que me chama a atenção há muitos anos, e quando percebi que teríamos uma interdisciplina voltada para esta área fiquei um tanto “eufórica” para conhecer o que traria de aprendizagem e novos conhecimentos.
Confesso que inicialmente fiquei frustrada, pois não estava correspondendo às minhas expectativas. Só agora, a partir da realização de algumas leituras, trocas com os colegas através de fóruns é que o “fascínio” se ascendeu, isto porque desejada conhecimentos bem pontuais que pudessem nortear a minha prática docente, oportunizando uma boa base teórica, que posteriormente, poderá surtir efeitos significativos na prática.
A interdisciplina está contemplando minhas expectativas, oportuniza textos acessíveis, nos propiciou conhecer a história da Educação Especial em nosso país, bem como, a caminhada percorrida no cenário educacional em prol da inclusão, as mudanças de conceitos perante as diferenças e ainda, aponta as mudanças necessárias e urgentes.
São destas aprendizagens que necessitamos, precisamos de uma formação de qualidade para que possamos contribuir para com a educação.
A Inclusão é possível, é necessária e depende de cada um de nós!
Pensamos nisso!

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES


A interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação, do Curso de Pedagogia à Distância da UFRGS, ministrada pelo professor Nilton Mullet vem ocupando espaço de pareço para minha formação.
Apreço porque me orienta como trabalhar com as questões étnico-raciais em sala de aula, através de atividades que nos envolvem e nos fazem refletir sobre nossas ações e nossa própria identidade.
O trabalho de elaboração de um MOSAICO com alunos da 4ª série do Ensino Fundamental da Escola Fernando Ferrari permitiu que todos os envolvidos pudessem perceber nossa mistura de raças e etnias, bem como a diversidade étnico-racial que compõe Três Cachoeiras.
No fórum específico da interdisciplina o professor Nilton Mullet sintetiza a intenção com o trabalho da diversidade étnico-racial em sala de aula, dizendo:

“acho que o fato de a escola se dedicar às questões étnico-raciais não apenas nos permite discutir e colocar em questão práticas racistas, mas permite um diálogo das diferenças e, mais ainda, pode levar os estudantes a terem mais orgulho de seus pertencimentos, de seu jeito de ser, de seu modo de vida. Enfim, creio que a compreensão da diferença implica, em primeiro, a aceitação de si mesmo – orgulho de ser quem se é, sem se colocar acima dos outros”. (Mullet, 2009)

Creio que esta contribuição do professor é algo que merece destaque, porque nos ensina através da sua própria visão das coisas a partir das construções que traz consigo através de seu exemplo, despido de preconceitos.
Então, considero que aceitar o outro depende da aceitação de nós mesmos.

6 de mai. de 2009

O CLUBE DO IMPERADOR A PARTIR DE ALGUMAS CONSIDERAÇÕES...



O filme sugerido pela Interdisciplina de Filosofia da Educação tem muito a contribuir porque nos instiga a reflexão sobre nossa prática docente, mais precisamente, quanto à postura que assumimos em sala de aula.
Pude perceber o quanto complexa é a nossa tarefa diária frente aos alunos, distintos entre si, e temos que estar sempre atentos ao que vivenciamos, presenciamos, interagimos, trocamos no convívio da sala de aula e fora dela, pois muitas vezes não nos damos por conta do quanto influenciamos as pessoas a nossa volta , sem qualquer intenção.
Algo que me chamou a atenção nas cenas do filme assistidas foi a avaliação do professor, assumindo faces distintas, porque em avaliação que fizera levou em consideração o empenho do aluno, a possibilidade de mudar a conduta do aluno, de aproximar-se dele, que por sua vez, pode ter sido justa com o aluno naquele momento, porém injusta com os seus colegas, pois haviam outros melhores preparados para o desafio do concurso “Júlio Cesar”.
Nossas decisões e avaliações devem ser refletidas para que possamos superar os deslizes cometidos...
... o erro poderá ser construtivo quando temos a oportunidade de rever nossos conceitos, reavaliar nossas atitudes e refazer nossas práticas.

RELEXÃO NEM TÃO FILOSOFAL!


A Interdisciplina de Filosofia da Educação do 6º semestre do Curso de Pedagogia da UFRGS vem propiciando muitas reflexões que considero importantes para nossa formação docente.
Iniciou sua proposta de trabalho a partir de argumentos e contra-argumentos, exercício este que percebo ter dificuldades significativas. Sei que se trata de exercitar mais a refutação e defesa, ler e interpretar, porém, nem sempre me habituei justificar meus pontos de vista, e articulá-los para que os outros possam entendê-los.
Saber argumentar é uma habilidade que devo desenvolver mais, pois é fundamental para nossa formação, docência e para a vida, de forma geral.
Creio que o argumento surge do conhecimento, portanto, tenho plena convicção de que devo aprender mais, ter uma base/bagagem mais sólida de conhecimentos e a partir daí, poder argumentar com mais propriedade.
Tenho consciência do quanto é importante saber argumentar, principalmente quando nosso ofício envolve tal habilidade.

24 de mar. de 2009

Projeto de Aprendizagem: uma nova metodologia

Durante a minha escolarização, a partir de 1987 presenciei uma metodologia de trabalho que se estendeu ao longo dos anos, até a conclusão do curso Normal Médio, os Projetos de Pesquisa. Contudo, aprendi que se trata de uma forma de trabalho onde o tema é sugerido pelo professor da classe, estabelecendo o que a pesquisa deve conter, quais os meios e a avaliação gira em torno do produto final.
É claro que no período em que cursei o magistério e durante o estágio tive contato com Projetos Pedagógicos, porém nós professores estabelecíamos os temas a serem trabalhados em tempos pré-determinados, bem como, os caminhos a serem percorridos. Toda esta percepção marca muito o modelo de educação que se estende há muitos anos, embora reconhecemos que vem surgindo um forte movimento em prol de uma educação mais “liberta”.
E somente no 2º semestre do ano de 2008, no eixo V do Curso de Pedagogia a Distância da UFRGS fui contemplada por uma nova metodologia de trabalho, através das interdisciplinas de Seminário Integrador V e Projeto Pedagógico em Ação, os Projetos de Aprendizagens.
No começo não foi muito agradável, foi um tanto “diferente” trabalhar neste novo contexto, porque desestabilizou meu saber, mexeu com algo acomodado, trouxe um desafio muito grande, pois não temos como saber os rumos que um Projeto de Aprendizagem pode tomar. Perante esta metodologia, pude compreender que a proposta parte do interesse dos envolvidos, a pergunta chave e geradora desta metodologia surgem da curiosidade particular do indivíduo, e é ele próprio o responsável por traçar os caminhos a serem percorridos. Os Projetos de Aprendizagem não são estáticos, podem e devem ser alterados conforme o que se pretende, onde a avaliação leva em consideração todo o desenvolvimento, os caminhos, as estratégias utilizadas, as mudanças, e não somente o produto final.
E a aula presencial do dia 18 de março, da Interdisciplina de Seminário Integrador VI trouxe um feedback do semestre anterior, e reforçou as diferenças entre Projeto de Pesquisa e Projeto de Aprendizagem.
Hoje percebo que trabalhar por meio de Projetos de Aprendizagens se torna um diferencial muito interessante, porque exige maior desenvoltura do professor, possibilita aprendizagens mais significativas e diversificadas em função da não delimitação de estratégias a serem utilizadas, por partir do interesse individual, e por possibilitar infinitos resultados. Pude constatar na prática o que esta nova metodologia pode contribuir em termos de aprendizagens, pois foi no desenvolvimento do Projeto Ciclone que cheguei a conhecimentos não intencionados, e o melhor, quanto mais o desenvolvíamos, descobrimos que havia muito mais a conhecer, e que não há receitas prontas de como fazê-lo, as estratégias vão surgindo ao logo do caminho, alteramos, mudamos, avançamos, retroagimos, reelaboramos, enfim, surge uma riqueza de possibilidades na proposta com Projetos de Aprendizagens. Para que entendamos de fato, faz-se necessário, experimentarmos, e talvez, esta seja a idéia da proposta!!!!